São Martinho nasceu na Hungria no ano de 316 e foi educado em Pavai na Itália. Desde muito jovem tinha especial carinho pelos textos religiosos, mas aos 15 anos se viu obrigado e entrar para o exercito servindo a cavalo na guarda imperial e é neste período que surgiu a historia mais bela deste santo. Um dia de inverno muito frio a tropa entrou na cidade francesa de Amiens. Ali São Martinho encontra um pobre semi nu que implora sua caridade, e nao tendo esmolas para dar São Martinho sacou de sua espada e cortou a sua capa ao meio e deu a mesma para o pobre homem. Foi objeto de risadas e brincadeiras por parte de seus companheiros mas a ação caridosa foi docemente recompensada . A tradição conta que naquela mesma noite São Martinho viu em sonhos Jesus Cristo vestido com o mesmo pedaço de pano que havia dado ao mendigo.Com isto converteu-se ao cristianismo, deixou o exército e retornou Pannonia onde sua mãe e outros foram convertidos por ele. Após anos de luta contra o "Arianismo" e sofrer perseguições dos hereges São Martinho entrou para a Ordem de Santo Hilário de Poitiers e trono-se uma eremita em Ligugé cerca do ano de 360 e organizou a o primeiro monastério da França. Após uma década em Ligugé São Martinho foi feito bispo de Tours em 371. Lá ele fundou a Abadia dos Marmoutier e lá viveu fazendo seus deveres episcopais. Ele convenceu as suas idéias ao usurpador Maximus Magno, em 388 na controvérsia Priscilliana. Mais tarde foi enviado a Roma e a Condes onde ele fundou outro centro religioso. Morreu no dia 8 de Novembro de 397. São Martinho foi agraciado com muitos dons e graças e muitos milagres são atribuídos a sua intercessão.
Sua festa é celebrada no dia 11 de novembro.
Louvor da Luz:
ResponderEliminarDa pompa
incomparável
engalanados
lírios.
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Com saudades morre o entardecer.
Ao plátano folha cai.
Num raminho saltita um pardalito.
Perto vagueando perdem-se bambinos.
A sonhar bicicletas loucas uns pedalam.
Nuvens cor a café com leite imobilizam.
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Folhagem bailando ao quê da luz;
jovens p’lo clima ameno
a tudo atiçam fulgurações;
um dia desperta expandindo-se
a apelativos recantos.
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Esfuziante alvura a nascente;
quase nos faltam olhos,
tamanho é o milagre.
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Cogitam pardos patos
enquanto nadam?
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Barcos atracados,
às ondas, por margens.
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Das giestas
amarelidão.
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‘El mar del corazón late despacio,
en una calma que parece eterna...’
Com pasmo se alonga o meu olhar
pra perder-se na lisura do horizonte.
Sejam plenos, fundos, estes dias,
na leveza imersos encham alma,
renasçam do vago alumbramento.
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‘Por cada flor estrangulada
há milhões de sementes a florir…’
Ergue-te, novo sol,
a lourecer cantos.
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‘As estrelas mortas
apagam-se aos molhos.
Vem, lume perdido,
florir-nos os olhos…’
Recreiam-se florações a lonjuras.
Reacendem-se após doença
felizes enamoramentos.
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Sol sumido sob o poente,
a flor do mar a tanger-nos ainda.
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A claridade
imbricando suavidades.
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‘Sol nulo dos dias vãos,
cheios de lida e de calma…’
Contudo aqueces as mãos,
contudo animas a alma,
contudo, abrindo à nudez,
mil frémitos acirras.
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Lobo no covil, o coiraçado poeta,
fugidias imagens perpassando-lhe retinas,
alucinantes incêndios versifica.
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Cenário dos dias,
vazio imenso borbulhante,
vinho rubro ante o olhar metralhado.
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Talvez lá tenhamos andado a sol e água,
no pleno fogo estival, por essas Ilhas Comores.
Ou talvez lá tenhamos deixado o errante olhar
p’la extasiada plenitude;
ou um breve relance lançado a mar:
Grande voo a sonhos, leves asas, acalmia, velas,
numa curva dalguma estrada rente ao oceano
mais do que pacífico, por onde alheadamente
hajamos derivado. Ou talvez que, desfeita mortal tenda,
por lá prossigamos indefinidamente.
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Hoje, à plenitude do espírito,
deixe imprimirem-se-me
paisagens intocáveis.
A calada presença constrange
a pôr final registo,
e louvar quanta maravilha.
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Por uma força maior
até aos vãos dO Deus
ecos se acumulam,
porções epopeia,
considerável sobra.
Vou para Casa:
ResponderEliminarIrrequieto sapato novo
do provecto actor avô,
entretém
pra pasmar;
enternecendo-nos,
mortos.
(a Manoel de Oliveira...)