quarta-feira, 12 de agosto de 2009

ORAGO: SÃO MARTINHO DE TOURS

São Martinho nasceu na Hungria no ano de 316 e foi educado em Pavai na Itália. Desde muito jovem tinha especial carinho pelos textos religiosos, mas aos 15 anos se viu obrigado e entrar para o exercito servindo a cavalo na guarda imperial e é neste período que surgiu a historia mais bela deste santo. Um dia de inverno muito frio a tropa entrou na cidade francesa de Amiens. Ali São Martinho encontra um pobre semi nu que implora sua caridade, e nao tendo esmolas para dar São Martinho sacou de sua espada e cortou a sua capa ao meio e deu a mesma para o pobre homem. Foi objeto de risadas e brincadeiras por parte de seus companheiros mas a ação caridosa foi docemente recompensada . A tradição conta que naquela mesma noite São Martinho viu em sonhos Jesus Cristo vestido com o mesmo pedaço de pano que havia dado ao mendigo.Com isto converteu-se ao cristianismo, deixou o exército e retornou Pannonia onde sua mãe e outros foram convertidos por ele. Após anos de luta contra o "Arianismo" e sofrer perseguições dos hereges São Martinho entrou para a Ordem de Santo Hilário de Poitiers e trono-se uma eremita em Ligugé cerca do ano de 360 e organizou a o primeiro monastério da França. Após uma década em Ligugé São Martinho foi feito bispo de Tours em 371. Lá ele fundou a Abadia dos Marmoutier e lá viveu fazendo seus deveres episcopais. Ele convenceu as suas idéias ao usurpador Maximus Magno, em 388 na controvérsia Priscilliana. Mais tarde foi enviado a Roma e a Condes onde ele fundou outro centro religioso. Morreu no dia 8 de Novembro de 397. São Martinho foi agraciado com muitos dons e graças e muitos milagres são atribuídos a sua intercessão.
Sua festa é celebrada no dia 11 de novembro.

2 comentários:

  1. Louvor da Luz:
    Da pompa
    incomparável
    engalanados
    lírios.
    -
    Com saudades morre o entardecer.
    Ao plátano folha cai.
    Num raminho saltita um pardalito.
    Perto vagueando perdem-se bambinos.
    A sonhar bicicletas loucas uns pedalam.
    Nuvens cor a café com leite imobilizam.
    -
    Folhagem bailando ao quê da luz;
    jovens p’lo clima ameno
    a tudo atiçam fulgurações;
    um dia desperta expandindo-se
    a apelativos recantos.
    -
    Esfuziante alvura a nascente;
    quase nos faltam olhos,
    tamanho é o milagre.
    -
    Cogitam pardos patos
    enquanto nadam?
    -
    Barcos atracados,
    às ondas, por margens.
    -
    Das giestas
    amarelidão.
    -
    ‘El mar del corazón late despacio,
    en una calma que parece eterna...’
    Com pasmo se alonga o meu olhar
    pra perder-se na lisura do horizonte.
    Sejam plenos, fundos, estes dias,
    na leveza imersos encham alma,
    renasçam do vago alumbramento.
    -
    ‘Por cada flor estrangulada
    há milhões de sementes a florir…’
    Ergue-te, novo sol,
    a lourecer cantos.
    -
    ‘As estrelas mortas
    apagam-se aos molhos.
    Vem, lume perdido,
    florir-nos os olhos…’
    Recreiam-se florações a lonjuras.
    Reacendem-se após doença
    felizes enamoramentos.
    -
    Sol sumido sob o poente,
    a flor do mar a tanger-nos ainda.
    -
    A claridade
    imbricando suavidades.
    -
    ‘Sol nulo dos dias vãos,
    cheios de lida e de calma…’
    Contudo aqueces as mãos,
    contudo animas a alma,
    contudo, abrindo à nudez,
    mil frémitos acirras.
    -
    Lobo no covil, o coiraçado poeta,
    fugidias imagens perpassando-lhe retinas,
    alucinantes incêndios versifica.
    -
    Cenário dos dias,
    vazio imenso borbulhante,
    vinho rubro ante o olhar metralhado.
    -
    Talvez lá tenhamos andado a sol e água,
    no pleno fogo estival, por essas Ilhas Comores.
    Ou talvez lá tenhamos deixado o errante olhar
    p’la extasiada plenitude;
    ou um breve relance lançado a mar:
    Grande voo a sonhos, leves asas, acalmia, velas,
    numa curva dalguma estrada rente ao oceano
    mais do que pacífico, por onde alheadamente
    hajamos derivado. Ou talvez que, desfeita mortal tenda,
    por lá prossigamos indefinidamente.
    -
    Hoje, à plenitude do espírito,
    deixe imprimirem-se-me
    paisagens intocáveis.
    A calada presença constrange
    a pôr final registo,
    e louvar quanta maravilha.
    -
    Por uma força maior
    até aos vãos dO Deus
    ecos se acumulam,
    porções epopeia,
    considerável sobra.

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  2. Vou para Casa:
    Irrequieto sapato novo
    do provecto actor avô,
    entretém
    pra pasmar;
    enternecendo-nos,
    mortos.
    (a Manoel de Oliveira...)

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